Caros subscritores do GEOPOR, sou um aluno de Biologia Marinha e Pescas que está a fazer um estágio em Paleoecologia. Tenho vários "cores" de sedimentos dos quais tenho que fazer uma análise de macrofauna. Gostaria de saber se existe algum método estabelecido de amostragem em "cores" para este efeito e/ou se existe alguma bibliografia da qual tivessem conhecimento que me pudesse auxiliar.
Desde já muito agradecido pela vossa ajuda.
Sandro E. G. Fernandes
Universidade do Algarve

A análise paleoecológica de testemunhos de sondagens (cores) é, geralmente, feita com grupos micropaleontológicos devido à necessidade em garantir um número mínimo de exemplares (100 a 300, no geral), para efeitos de representatividade estatística. Por seu lado, os trabalhos paleoecológicos em sondagens procuram tirar o máximo partido de uma amostragem densa, isto é, pequenos volumes de amostra recolhidos a curtos intervalos de espessura do(s) testemunho(s), a fim de procurar obter séries temporais com a maior resolução temporal possível (tendo em conta os efeitos da bioturbação, ressedimentação, erosão, etc...). Deste modo, a utilização de grupos de macrofósseis, embora possível, tira pouco partido deste tipo de amostragem.
Seja como for, o meu conselho é: tentar recolher o maior número possível de exemplares completos (ou pelo menos reconheciveis) no menor volume (espessura) por amostra possível, no maior número de amostras possível. A partir daí, boa sorte...
Ao teu dispor para futuras trocas de opinião, saudações paleontológicas,
Mário Cachão (mcachao@fc.ul.pt)

P.S. Lamento mas não conheço bibliografia especifica sobre a tua questão (talvez se referires os grupos de macrofósseis com que trabalhas poderei ser mais específico).

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